Mesmo respeitando todas as medidas preventivas, não é sempre possível evitar uma infestação de roedores. As medidas de combate são um requerimento básico para reduzir os danos a um mínimo Quanto mais cedo se começa o combate contra os roedores, melhores são as possibilidades de êxito. Antes de tomar qualquer medida de combate, deve-se proceder a uma análise da situação.
11.7.1 Análise da situação
Para ter as melhores perspectivas de sucesso no combate contra os roedores, deve-se responder às perguntas seguintes:
· Quais são as espécies de roedores que estão causando danos ao produto?
· Qual é o grau aproximativo de infestação (estimação das perdas)?
· Qual é o alcance da infestação? Se for necessário, deve-se trabalhar neste ponto junto com os vizinhos
· Quais são os lugares exactos de maior actividade dos roedores?
· Por onde passam os itinerários, aonde se encontram as tocas e os ninhos?
· Em quê estado se encontram o armazém e os arredores?
Uma planificação correcta das medidas de combate só pode ser efectuada depois de responder a essas perguntas
Dependendo do grau de infestação, podem ser tornadas as medidas de combate seguintes:
- Baixo nível de infestação:
· Trapas
· Gatos
· Utilização de venenos crónicos
- Alto nível de infestação:
· Utilização de venenos agudos
11.7.2 Aplicação de medidas de combate não químicas
11.7.2.1 Trapas
A utilização de trapas só é eficiente se o nivel de infestação é baixo Existem diferentes tipos de trapas Distingue-se entre as trapas mortais e as que capturam os animais vivos Na utilização de trapas, deve-se prestar atenção aos pontos seguintes:
- Coloque as trapas ao longo dos muros, nos itinerários ou em outros lugares frequentados pelos roedores!
- Controle as trapas diariamente! Retire eventuais animais mortos e limpe a trapa!
11.7.2.2 Gatos
Os gatos podem ajudar a combater os roedores. Não obstante, deve-se mencionar neste lugar que os gatos mesmos podem significar um problema higiénico nos armazéns se não forem tomadas as precauções suficientes.
11.7.3 Utilização de meios químicos para o combate dos roedores
A eficiência dos roedicidas depende das condições de armazenagem, sobretudo ao nível da higiene nos armazéns. Antes da utilização dos roedicidas, devem ser tomadas todas as medidas preventivas necessárias para evitar uma reinfestação.
Existem dois grupos de roedicidas:
· os venenos agudos
· os venenos crónicos
Os venenos agudos são utilizados só no caso de uma população de roedores muito grande, ou seja quando o objectivo é a redução rápida do grau de infestação. Subsequentemente, os venenos crónicos ou outros métodos devem ser utilizados para continuar o combate.
11.7.3.1 Venenos agudos
- Propriedades
Os venenos agudos são de efeito rápido devido à sua alta toxicidade, o que significa que os roedores morrem imediatamente. Ao utilizar este tipo de venenos, encontram-se os corpos dos roedores mortos dentro do armazém e nos arredores do mesmo Estes cadáveres devem ser retirados e queimados.
Não obstante, os venenos agudos não agem de forma selectiva. Isto significa que representam um risco também para outros seres vivos Por isso, deve-se ter muito cuidado ao utilizar venenos agudos
Eles não devem voltar a ser utilizados no mesmo lugar até não ter passado pelo menos seis meses Estima-se que os roedores necessitam aproximadamente esse período de tempo para vencer a sua aversão frente àisca (veja-se secção 11.7.3.6).
- Produtos
Fosfuro de zinco é o veneno agudo de maior utilização no mundo. Ele érelativamente barato e o seu efeito é bom e rápido, sempre que for aplicado correctamente. O fosfuro de zinco deve ser misturado a isca numa concentração de 2.5%.
Existe toda uma série de outros venenos agudos, mas eles presentam inconvenientes em comparação com o fosfuro de zinco, além de ser proibidos em muitos países devido aos seus efeitos secundários.
- Aplicação dos vesenos agudos
Ao aplicar o fosfuro de zinco, devem ser observadas todas as medidas de precaução (veja-se secção 11.8) e proceder da forma seguinte:
- Fazer um plano da área e do armazém e marcar os pontos de posicionamento das iscas!
- Assegurar-se de possuir suficiente quantidade de receptáculos para as iscas!
- Preparar suficiente quantidade de iscas sem veneno para pré-iscar (veja-se secções 11.7.3.4 e 11.7.3.6)!
- Encher os receptáculos com as iscas não venenosas e dispor nos pontos previstos! Oferecer as mesmas ate que sejam aceitadas.
- Controlar diariamente as iscas e voltar a encher se for necessário!
- Se a isca não tiver sido aceitada depois de alguns dias, deve-se mudar a base alimentícia ou a posição do receptáculo!
- Substituir todas as iscas não venenosas pelas venenosas ao mesmo tempo!
- Misturar o fosfuro de zinco com grãos frescos quebrados ou com farinha grossa numa relação de 1:39, ou seja por exemplo:
975 g de grãos de qualidade + 25 g de fosfuro de zinco
Antes de misturar, adicionar aproximadamente 1% de óleo comestível para prevenir o desenvolvimento de pó! (Não misturar nunca água com fosfuro de zinco!). Misturar a isca re»vendo com uma pá de um lado para o outro!
- Colocar placas de advertência nas portas do armazém e na entrada àpropriedade sinalizando a operação de combate em curso, o tipo de veneno utilizado e os riscos subsequentes. Fechar os armazéns à chave!
- Controlar diariamente as iscas!
- Anotar na folha de controlo a quantidade de isca consumida (veja-se exemplo na secção 11.7.3.7)!
- Substituir as iscas consumidas!
- Parar a operação o mais tardar depois de 5 dias, já que depois desse período os animais começam a sentir aversão à isca!
- Recolher todos os receptáculos das iscas!
- Limpar com cuidado todos os materiais que tem entrado em contacto com as iscas e guardar num lugar seguro!
- Queimar ou enterrar os cadáveres dos roedores recolhidos!
- Medidas complementárias
Continuar a operação de combate utilizando os venenos crónicos ou colocando trapas!
11.7.3.2 Venenos crónicos
- Propriedades
Os roedicidas crónicos são de efeito retardado. Os roedores morrem sem sentir dor. Por isso, eles não desconfiam das iscas e não desenvolvem aversão às mesmas. Por conseguinte, não é necessário pré-iscar. Os animais envenenados morrem nos seus ninhos ou em esconderijos, raramente se encontram cadáveres durante a operação de combate.
- Produtos
· Anticoagulantes
Os anticoagulantes prevêm a coagulação do sangue. Os animais envenendos vão morrer de uma hemorragia interna. Existem dois grupos diferentes destes venenos:
Anticoagulantes da "primeira geração"
Trata-se de roedicidas que levam à morte só depois de várias ingestões (até 7). Eles são chamados antigoagulantes da "primeira geração" devido a que foram os primeiros no mercado. Encontram-se entre esses produtos:
Matéria activa | Nomes comerciais mais comuns |
Warfarin | Warfarin |
Ditacinon | Ramik, Difacin |
Chlorfacinon | Caid, Raviac, Quick |
Coumatetralyl | Racumin |
Coumachlor | Tomarin |
Coumafuryl | Fumarin |
Pindane | Pival |
Anticoagulantes da "segunda geração"
Trata-se de roedicidas que matam os animais logo depois da primeira ingestão. Por isso, estes produtos entram na categoria dos "venenos agudos com efeito retardado". Eles incluem os produtos seguintes:
Matéria activa | Nomes comerciais mais comuns |
Brodifacoum | Talon, Klerat, Ratak Super |
Difenacoum | Ratak |
Bromadiolon | Rodine, Mak |
Flocoumafen | Storm |
O Bromadiolon é principalmente utilizado para combater os ratos.
Um antídoto dos venenos com anticoagulantes é a vitamina K1, a qual se encontra nas plantas. Devido ao facto que os roedores nocivos comem muitos vegetais frescos, é possível que o efeito do veneno fique neutralizado. Isto favorece o desenvolvimento da resistência frenta aos venenos. Em alguns países já foram registadas resistências ao produto Warfarin e a outros roedicidas. Devido a que todos os anticoagulantes trabalham essencialmente da mesma maneira, desenvolveram-se resistências cruzadas até entre os antigoagulantes da primeira e da segunda geração.
· Roedicidas com efeito higercalcémico
O Calciferol (= vitamina D2) provoca uma rápida calcificação dos animais, causando a morte imediata. Alcançam uma a duas ingestões do veneno para provocar a morte. O Calciferol é muito efectivo no combate dos ratos e menos efectivo no das ratazanas. Também pode ser utilizado em combinação com outros ingredientes, como p.ex. Warfarin.
Existem roedicidas com outro modo de acção. O Bromethalin por exemplo, o qual paraliza o metabolismo energético do animal.
- Aplicação dos venenos crónicos
Na aplicação dos venenos crónicos, deve-se prestar atenção às medidas de precaução mencionadas na secção 11.8. Proceder da forma seguinte:
- Fazer um plano do armazém e dos arredores e marcar os pontos de posicionamento das iscas!
- Assegurar-se de possuir uma quantidade suficiente de iscas (veja-se secção 1 1.7.3.5)!
- Preparar suficiente quantidade de iscas com veneno no caso de não ter àdisposição iscas já prontas para o uso!
Exemplo para a preparação de uma isca:
18 partes (900 g) de grão quebrado (primeira qualidade)
1 parte (50 g) de veneno
1 parte (50 g) de sal ou açúcar
- Dispor as iscas no lugares pré-determinados!
- Encher o receptáculo com a quantidade de isca necessária (veja-se secção 1 1.7.3.5)!
- Colocar placas de advertência nas portas do armazém e na entrada a propriedade sinalizando a operação de combate em curso, o tipo de veneno utilizado e os riscos subsequentes.
- Controlar as iscas cada 2 a 3 dias!
- Durante cada inspecção, anotar na folha de controlo a quantidade de isca consumida de cada receptáculo!
- Substituir as iscas consumidas!
- Se a isca não for aceitada, mudar a base alimentícia ou a posição da mesma!
- Parar a operação se depois de 2 a 3 inspecções sucessivas for verificado que a isca não foi consumida!
- Recolher todos os receptáculos ou as iscas pré-fabricadas!
- Limpar com cuidado todos os materiais que têm entrado em contacto com as iscas e guardar num lugar seguro!
Medidas complementárias
- Efectuar diariamente inspecções dentro do armazém e nos arredores para detectar a tempo uma nova infestação de roedores!
- Controlar continuamente a situação por meio de trapas!
- Ao detectar os primeiros sinais de uma nova infestação de roedores, devese começar imediatamente a próxima operação de combate utilizando venenos crónicos!
11.7.3.3 Formulações
Existem diferentes formulações de venenos agudos e de venenos crónicos:
- Formulações em pó
Estes pós são misturados, dependendo das doses de aplicação recomendadas, com uma substância alimentícia adequada, como por exemplo cereais, para obter uma isca.
- Iscas já prontas para a utilização
As iscas já preparadas são oferecidas no mercado em diferentes formas e composições. Utilizam-se as mesmas particularmente para a aplicação de veneos crónicos. As mais comuns são:
· Veneno com cereais: mistura de cereias ou de farinha grossa com veneno
· Blocos de cera: isca prensada sobre uma base de cera com substâncias alimentícias e veneno
- Pos para as pistas
Trata-se de formulações que são repartidas sobre os itinerários, nas tocas das ratazanas ou nos buracos dos ratos, ou noutros lugares frequantados pelos roedores. Ao correr sobre esse pó, um pouco do mesmo vai ficar aderido às patas ou à pelagem. A absorção do veneno ocorre quando os roedores limpam a sua pelagem lambendo-se. Estes pos podem ser utilizados em combinação com iscas envenenadas.
- Pó solúvel em água
Este veneno é dissolvido em água numa relação de 1 parte de veneno e 39 partes de água, sendo depois oferecido aos animais para beber. Este método só é recomendável nas regiões áridas, aonde os roedores dependem de qualquer fonte de água disponível.
11.7.3.4 Iscas
É evidente que não existe falta de fontes de alimentos para os roedores num armazém de cereais. Por conseguinte, as iscas devem competir com as outras fontes de alimentos. Por isso, deve-se prestar atenção aos critérios seguintes:
- Utilizar só cereais de primeira qualidade para elaborar as iscas! Iscas de baixa qualidade ou preparadas com restos não vão ser aceitadas, ficando comprometido assim o êxito das medidas de combate.
- Utilizar só alimentos dos quais é sabido que os roedores gostam ou estão acostumados (não utilizar milho numa área de produção de arroz!).
- As iscas feitas com grãos frescos quebrados ou farinha grossa são mais adequadas que as elaboradas com grãos inteiros.
- Os roedores preferem as iscas húmidas às secas. Não obstante, as iscas nunca devem ter um cheiro mofento ou criar bolor.
- Uma adição de açúcar ou de sal aumenta a atracção das iscas.
- Pode-se experimentar com diferentes tipos de grãos para obter a isca melhor possível! As iscas com diferentes tipos de grãos mostraram ser muito adequadas. Os roedores aceitam também frutas, os bolbos e os tubérculos. Não obstante, estes últimos presentam o inconveniente de criar bolor mais rapidamente.
- Os ratos preferem as sementes de tamanho pequeno, como por exemplo o milho miúdo.
- Não elaborar mais iscas das que podem ser utilizadas antes de criar bolor!
- Conservar as iscas de reserva longe do alcance dos roedores!
11.7.3.5 Posicionamento das iscas
Ao trabalhar com roedicidas, deve-se tentar excluir os riscos eventuais para as pessoas, os animais domésticos e os animais não-alvo. As seguintes regras devem sempre ser observadas:
Não colocar nunca iscas ao ar livre!
Isso significa que as iscas devem sempre ser cobertas de alguma maneira. Isto concorda com a preferência dos roedores, os quais gostam de esconderijos. Estes podem ser pranchas de madeira, caixotes de ripas ou tubos de bambu. Natura]mente, o receptáculo mais adequado e a caixa de iscas especialmente elaborada a tal efeito.
As caixas de iscas podem ser elaboradas a partir de uma variedade de materiais adquiríveis localmente. Elas deveriam ter uma entrada e uma saida no lado oposto, já que os roedores não gostam de entrar num lugar completamente escuro. As aberturas deveriam ter um diâmetro de aproximadamente 6 a 8 cm para as ratazanas, sendo que 2 a 3 cm são suficiente para os ratos.
Deve-se cuidar que a isca não absorva humidade nem se seque. As caixas de iscas para o exterior deveriam ter pés e um tecto impermeável como protecção contra a humidade e a chuva. As ilustrações seguintes mostram vários exemplos de caixas de iscas:
A colocação das iscas deve ser efectuada sendo considerados os factores seguintes:
- Cuidar que as iscas não se encontrem ao alcance das crianças ou dos animais!
- Colocar as iscas em lugares frequentados pelos roedores, p.ex. os itinerários!
- Colocar as caixas de iscas de tal maneira que as suas entradas e saidas se encontrem perto da parede ou no itinerário dos roedores, os quais vão passar então directamente pela caixa!
- Observar o comportamente especifico das diferentes espécies:
No caso dos roedores que não vivem dentro do armazém (p.ex. a ratazana comun, a ratazana Bandicota bengalensis), devem-se colocar as iscas perto dos muros interiores, à proximidade das portas e nos itinerários fora do armazém! Uma isca por cada 200 m² é geralmente suficiente. Deveria-se utilizar aproximadamente uma quantidade de isca de 300 g para cada lugar.
No caso das ratazanas pretas, devem ser colocadas iscas adicionais na área do telhado! Recomendam-se 3 iscas por cada 200 m² com uma quantidade de 100 - 150 g de preparação de isca em cada lugar.
No caso dos ratos, devem ser colocadas várias iscas dentro do armazém a uma distancia de aproximadamente 2 m uma da outra! Uma quantidade de isca de aproximadamente 50 g para cada ponto é suficiente.
- Deixar as caixas de iscas no mesmo lugar durante toda a duração da operação de combate! Toda alteração do posicionamento das mesmas pode comprometer o êxito da operação devido à reacção dos roedores ao objecto novo.
11.7.3.6 Pré-iscar e a desconfiança frente as iscas
É essencial pré-iscar ao utilizar venenos agudos! Devido à reacção dos roedores ao novo objecto, eles não aceitam a isca imediatamente. Primeiramente, um dos animais da comunidade vai experimentar um pouco da isca. Se a isca já estiver envenenada, a ingestão não vai ser suficiente como para matar o animal, mas ele vai ficar doente. O envenenamento com venenos agudos causa dores. Os animais estão em condições de reconhecer a isca como tendo sido a causa das dores e eles vão evitar as mesmas no futuro. Além disso, eles vão passar essa informação ao resto da comunidade, de maneira que a isca envenenada não vai ser aceitada por nenhum roedor e a operação de combate será um fracasso e deverá ser interrompida. Uma vez que as ratazanas associam a sua doença com a isca envenenada, elas desenvolvem uma desconfiança ou uma aversão à isca.
Por isso, é muito importante pré-iscar, ou seja oferecer iscas não envenenadas até que elas sejam aceitadas completamente depois de alguns dias. A partir desse momento, pode-se adicionar o veneno à isca.
11.7.3.7 Registo das operações
Toda actividade relacionada com o combate deve ser registada no jornal de armazém. Os detalhes deveriam ser alistados numa folha de controlo separada. Registe a data da colocação das iscas. A quantidade de isca que foi consumida deveria ser estimada durante as inspecções. Na base destas infornnações, poderão ser tomadas as decisões seguintes:
· deve-se continuar a operação de combate?
· deveriam ser alterados os métodos de combate?
· foi aceitada a isca?
· Deve-se alterar a posição de alguma isca?
Presenta-se a seguir um exemplo de uma folha de controlo:
Folha de controlo para o combate dos roedores
Lugar:
No. de armazém/área:
Posição da isca
No./ref.
Data do controlo
Registos das quantidades de isca consumidas:
Consumo nenhum: - | Pouco consumo: x |
Grande consumo: xx | Tudo consumido: xxx |
Pessoa encarregada do tratamento:
Nome:
Data:
Assinatura:
Todas as medidas de precaução válidas para os insecticidas (veja-se secções 8.4.1 e 8.4.2) também são aplicáveis para os roedicidas. Deve-se prestar uma atenção especial aos pontos seguintes:
- Assegure-se que as iscas já posicionadas não se encontrem ao alcance de crianças ou de animais!
- Avise todas as pessoas que trabalham na área tratada ou que vivem nos arredores!
- Coloque placas de advertência nas portas dos armazéns e na entrada àpropriedade, para atirar a atenção sobre a operação de combate de roedores em curso!
- Utilize sempre luvas de borracha ao trabalhar com roedicidas!
- Escreva nas caixas de iscas e nos lugares de posicionamento claramente as palavras:
"Perigo" "Veneno"
- Informe um médico sobre as matérias activas utilizadas e entregue ao mesmo a etiqueta ou a noticia de informação sobre o produto para que ele possa intervir no caso de envenenamento!
- As próximas advertências devem ser observadas ao tratar com fosfuro de zinco:
· Utilize sempre uma máscara de protecção com um filtro de partículas P3!
· Assegure-se que o fosfuro de zinco não pegue humidade para evitar o desenvolvimento de um gás tóxico (fosfina)!
11.9 Medidas de primeiros auxílios no caso de envenenamento
As medidas alistadas para o tratamento com insecticidas (veja-se secção 8.4.3) também são válidas para os roedicidas. Deve-se prestar atenção especial aos pontos seguintes:
- Roedicidas crónicos:
Os venenos deste grupo são em princípio pouco tóxicos. Uma ingestão única não leva a sintomas de doença nem ocasiona danos. Apesar disso, deve-se consultar um médico no caso de ter dúvidas sobre um possível envenenamento.
No caso de ingestões repetidas de venenos crónicos, pode-se desenvolver uma anemia e até um estado de choque.
A vitamina K1 (5 - 10 mg) pode ser administrada como antídoto.
No caso de envenenamentos graves, serã necessário efectuar uma transfusão de sangue.
- Fosfuro de zinco
No caso de envenenamento com fosfuro de zinco, deve-se levar a pessoa atingida imediatamente ao hospital mais perto!
Os sintomas que acompanham um envenenamento são catarro, bronquite, e às vezes um edema pulmonar. No caso de envenenamento grave: mal-estar, vómitos (cheiro de carburo), diarreia, desmaio e convulsões.
Deve-se fazer vomitar imediatamente a pessoa atingida desses sintomas, introduzindo os seus dedos na sua garganta. Administrar depois uma solução (0.1%) de permanganato de potássio ou carvão activo.
Precisa-se do equipamento seguinte para combater os roedores:
- Receptáculos (caixas de iscas), p.ex. latas de sardinhas, com inscrições de advertência
- Postos de iscas com placas de advertência, materiais e úteis necessários para a preparação dos postos
- Cereais de primeira qualidade, açúcar ou sal e óleo comestível para preparar as iscas
- Vassoura
- Pá
- Balde de lixo
- Luvas de borracha
- Máscara de gás com filtro de partículas P3 (para o fosfuro de zinco)
- Placas de advertência
- Trapas para roedores
- Bebedouro para o caso da aplicação de preparações solúveis em água
- Roedicidas
ANÓNIMO (1983) Food Storage Manual, FAO, Rome, 263 p
ANÓNIMO (1980) Post-Harvest Problerns, GTZ, Eschbom, 258 pp. + 33 p. apêndice
BUCKLE, A.P. & R.H. SMITH, ed. (1994) Rodent Pests and their Control, CAB International, WaQingford, 405 p.
POSAMENTIER, H. & A. VANELSEN, ed. (1984) Rodent Pests and their Biology and control in Bangladesh, Dhaka, 111 p.
WEIS, N., ed. (1981) Rodent Pests and their Control, GTZ, Eschbom
A oferta da GTZ no referente ao período depois da colheita
A GTZ oferece de forma sobreregional as seguintes prestações de serviço no referente ao período depois da colheita:
Análises de sistemas
Os analises dos sistemas depois da colheita, considerando as características de cada pais, desde o momento da colheita até alcançar o consumidor, servem à identificação dos pontos fracos desse sector e à planificação de medidas para a remoção dos mesmos. Estes análises seguem o principio da participação e da interdisciplina desenvolvido pela FAO.
Informação e assessoramento
A GTZ oferece materiais de informação e extensão rural para o período depois da colheita em forma de folhetos informativos e livros. Pode-se solicitar urna lista dos títulos disponíveis ao endereço abaixo mencionado. Os materiais abrangem, entre outros, os seguintes temas:
- Protecção integrada depois da colheita de cereais, raízes e bolbos
- Combate integrado da broca maior de grão
- Temas referentes ao meio ambiente, como p.ex. a substituição do brometo de metilo ou a redução da utilização de insecticidas químicos de contacto para a protecção dos produtos armazenados
- Aspectos sócio-económicos dos sistemas depois da colheita
- Consultas sócio-culturais, inclusive aspectos referentes ao género
Em conjunto com a FAO, está sendo elaborado um sistema de informações no Internet
Aperfeiçoamento
A GTZ oferece em cooperação estreita com os seus associados, com a DSE-ZEL e com outros serviços nacionais e internacionais, encontros de aperfeiçoamento, nos quais são tratadas de forma participativa as mais diferentes dimensões dos sistemas depois da colheita. No primeiro plano encontram-se, além dos temas da técnica especializada, também técnicas da transmissão participativa de conhecimentos e extensão rural, aspectos sócio-culturais e económicos e temas referentes ao meio ambiente.
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